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À Rasca com as Ideias

Bem-vindo ao meu blog, onde tento fazer sentido do caos… ou pelo menos divertir-me a tentar. Se procuras respostas sérias, talvez este não seja o melhor sítio.

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Sex | 04.07.25

Coxas suadas: o fetiche não reconhecido do verão - parte II

M.

Se achavas que suar do bigode era o auge da sensualidade estival, então segura-te. Porque agora entramos num território ainda mais íntimo, mais molhado e mais… pegajoso.
Falo, claro, do épico, lendário, suor entre as coxas. Ou, como gosto de lhe chamar com carinho: o beijo escaldante da fricção infernal.

Nada como sair à rua com confiança, de vestido leve, ar de liberdade no rosto… e passados 3 minutos sentires que estás a cozinhar entre as pernas como se tivesses escondido uma feijoada quente na virilha.
É elegante?
Não.
É confortável?
Nem por sombras.
Mas é verão, e isto faz parte do pacote “viver perigosamente com humidade onde não devia haver humidade”.

O glamour está nos detalhes.

Desfilar pelas ruas enquanto as coxas se abraçam com a ternura de duas lixas húmidas é o verdadeiro passaporte para a sensualidade.
Cada passo é um desafio, uma luta interna entre manter a postura e não gritar:
“POR FAVOR, ALGUÉM TRAGA AMIDO DE MILHO!”

E depois vem o andar. Ah, o andar.
Aquele andar característico de quem está a tentar não colar uma perna à outra. Meio cowboy do Texas, meio pinguim do Ártico, completamente acabado por dentro.

E os truques? Todos temos os nossos.

Talco, desodorizante roll-on, vaselina, promessas a santos.
Tudo vale na guerra contra o atrito escaldante.
Há quem ande com um mini leque para as pernas.
Há quem considere seriamente pôr guardanapos entre as coxas — sim, guardanapos, Cláudia. Sem julgamentos.

E ainda há aquela esperança ingénua de que “hoje talvez não sue tanto”, dita enquanto o termómetro marca 38ºC e o sol está a torrar até os pensamentos.

E claro: a cereja no topo do caos… sentar.

Nada diz “verão” como tentares sentar numa cadeira de plástico, com as pernas a colarem-se ao assento como se fossem feitas de Super Cola 3.
Depois levantas-te e levas a cadeira contigo. Um espetáculo visual. Um concerto de sons suínos. Uma experiência artística.

Mas sabes que mais? É sensual.

Sim, é sensual. Porque só os verdadeiros sobreviventes do verão conhecem este sofrimento pegajoso.
Porque suportar coxas coladas e continuar de pé, com dignidade (ou o que resta dela), é um ato de coragem erótica.
É uma prova de resistência humana, uma ode ao amor próprio suado, uma celebração do corpo real, tal como veio ao mundo — só que agora mais brilhante.

Conclusão:

O verão não é para fracos.
É para quem aguenta o bigode a pingar, as coxas a colar, o sovaco a marinar… e ainda sorri, tira selfies e diz “adoro o calor”.

Este verão, se vires alguém a andar estranho, com o olhar no horizonte e um leve brilho nas pernas, não julgues. Admira. Aplaude. Oferece gelo.

Porque talvez, só talvez, a verdadeira sensualidade não esteja nos corpos perfeitos de revista.
Talvez esteja nas coxas suadas… e na coragem de viver com elas.

 

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